Como a JKH foi fundada? Qual é a tese de investimentos da gestora? Como se dá a atuação entre Brasil e Estados Unidos?

A JKH Capital é uma holding de investimentos, que atua principalmente através do venture debt, sediada em Nova York – em uma das mais famosas avenidas da cidade, a Lexington Avenue – e com escritórios na Holanda e Hong Kong, chegou ao Brasil em fevereiro, com seu novo escritório na cidade de Campo Bom, no Rio Grande do Sul, buscando oportunidades de investimentos em startups promissoras, principalmente dos setores ligados ao meio-ambiente e energia, nos estados do Sul do país e também em São Paulo. A empresa nasceu em 2008 na cidade de Nova York, principalmente pelas oportunidades de mercado que existem nos EUA em relação a investimentos em startups, um mercado que sabidamente é aquecido e relevante há mais tempo que aqui no Brasil.

Qual é o atual momento de vocês? Quanto existe sob gestão? Devemos esperar novos fundos serem levantados para investir em empresas de tecnologia?

Atualmente estamos ajustando a operação brasileira, que já funciona e que é responsável pela análise do mercado local, encontrando novas possibilidades de investimento e parceria, ao longo dos últimos 12 anos realizamos mais de 22 investimentos, sempre com capital próprio, que já renderam mais de 50 milhões de dólares. Hoje a JKH Capital conta com investimentos no Brasil, Uruguai, USA, Holanda, Suíça, China e Hong Kong. O fundo, que atua com capital próprio, investe em empresas dos mais variados setores e apresentou um crescimento médio de 160% ao ano, desde a sua fundação. Para o próximo ano estamos estudando um novo fundo, provavelmente em um outro formato, com capital externo, mas tudo irá depender do momento e de como o nosso trabalho se desenvolverá até lá.

Como vocês enxergam o mercado brasileiro de empreendedorismo e inovação? Quais são as maiores oportunidades existentes nele hoje? O que vislumbram pro futuro?

Estamos muito animados com a chegada ao Brasil. Acredito que este será um ano para conhecermos mais o mercado, nos adaptarmos e aprendermos muito ao passo que realizamos investimentos. Nossa meta é audaciosa, mas não absurda e o nosso país é rico em empreendedores incansáveis.

A inovação caminha a passos largos para ser um mercado ainda maior e com mais oportunidades, tanto para quem investe quanto para quem empreende, com mais capital disponível e também mais ideias na mesa, os dois lados se beneficiam e assim fomentam a economia, geram empregos e contribuem positivamente para a sociedade. Estamos analisando diversas startups, realizando parcerias importante tanto com entidades quanto grupos de investimento e nossa meta para 2022 é termos um fundo com capital de terceiros, hoje atuamos com capital 100% próprio e ao passo que realizamos novos investimentos também amadurecemos enquanto investidores o que nos permite entender mais do cenário local e planejar bem todas as ações para o próximo período minimizando os riscos.

Vocês investiram recentemente na Edsun, o que motivou o investimento? Quais os fatores analisados para tomar essa decisão? Como a empresa tem crescido desde então?

A Edsun, é uma grande empresa, liderada por grandes empreendedores. O motivo principal, além de ser um grande potencial, é a afinidade do fundador da JKH com greentechs. A empresa, apesar de nova, já atua em todoS os estados brasileiros e tem apresentado um crescimento notável. A ideia é que em médio prazo eles possam expandir suas atividades para os mercados norte-americano e europeu e já estudam o lançamento da solução em Portugal em um período mais curto.

Entrevista em Abril/2021 à Distrito